Especialista em direito digital orienta como evitar golpes nas compras do Dia das Crianças

O aumento das compras online durante o Dia das Crianças traz consigo uma preocupação crescente: os golpes digitais. De acordo com o professor do curso de Direito da Estácio, Cláudio Santos, especialista em Direito Digital, essa época, assim como outras datas comemorativas, é um terreno fértil para fraudes virtuais. Ele alerta que os consumidores devem ficar atentos a promoções falsas e sites clonados, comuns nesses períodos. “Anúncios que oferecem produtos por preços muito abaixo do mercado, como iPhones por R$1.990, devem ser encarados com desconfiança. É preciso redobrar os cuidados, pois perfis falsos em redes sociais também se multiplicam nesse período”, destaca.

Santos explica que a melhor forma de evitar cair em armadilhas é verificar a autenticidade das lojas. “Pesquise no Google sobre a empresa, cheque sua reputação em plataformas como o Reclame Aqui, e veja se o site ou perfil no Instagram é realmente oficial. Desconfie de endereços que fogem do padrão, como ‘.net’ ao invés de ‘.com.br’. Outro ponto fundamental é observar o cadeado de segurança no navegador, que indica a aplicação de criptografia para proteger os dados inseridos na plataforma”.

Além dessas medidas, o especialista reforça que os pais devem tomar precauções extras ao realizar compras para os filhos. “Verificar a autenticidade do site é primordial. Muitos golpistas criam sites que parecem idênticos aos originais, mas ao alterar pequenas letras ou detalhes no domínio, conseguem enganar consumidores desavisados. Por isso, é essencial estar atento a essas nuances", afirma.

Caso o consumidor seja vítima de fraude, Santos recomenda agilidade nas ações. “Se a compra foi feita no cartão de crédito, é importante entrar em contato com a administradora imediatamente para tentar bloquear o pagamento antes que ele seja repassado ao fraudador. Se for via boleto, o contato deve ser com a instituição bancária para tentar o estorno. Além disso, o consumidor deve denunciar perfis falsos às redes sociais e fazer um boletim de ocorrência na delegacia”.

O especialista também lembra da importância de reunir provas da fraude, como prints da tela, e buscar apoio junto ao PROCON ou à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon). Mesmo com todas essas medidas, Santos enfatiza que o ideal é a prevenção: "Evitar o golpe é sempre a melhor solução, e estar informado é o primeiro passo para isso".