O vice-prefeito Pedro Macário (PSDB), o presidente da Câmara, Zé de Abel, e o vereador Jean Roubert (PSD) estão sob intensa crítica da população. Recentemente, Zé de Abel foi acusado de fugir do oficial de Justiça para evitar a instauração da CPI da Saúde, resultando no bloqueio de suas contas pelo juiz Cláudio Pantoja. Essa manobra garantiu tempo suficiente para que a família do então prefeito Luiz de Deus não fosse convocada a prestar esclarecimentos sobre os gastos da pasta da Saúde durante a pandemia. Jean Roubert ao pedir dispensa de formalização no projeto aprovado que aumenta os salários dos vereadores tem sido alvo de intensa critica nas redes sociais.
Pedro Macário, que ainda responde a um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público, demonstra seu poder ao ponto de três promotores se declararem impedidos de investigá-lo. Com o processo se arrastando por quatro anos, há receio de que prescreva e seja arquivado, levantando dúvidas sobre a eficácia do Ministério Público local.
Os ex-secretários Luiz Humberto, conhecido como padrinho da Embasa, e Cíntia Rosena, responsáveis pela Saúde e Sedes, respectivamente, ficaram ilesos de depoimentos na CPI. Zé de Abel, que se escondeu da Justiça por 10 dias, permitiu que o grupo de Luiz de Deus buscasse artifícios para embaralhar a CPI, deixando os vereadores "inocentes" sem explicações para sua inércia. Agora tentam reavivar a CPI em discursos na câmara, nos bastidores comenta-se que é apenas jogo de cena.
Agora, Zé de Abel, considerado de confiança do prefeito eleito Mario Galinho, é cotado para continuar à frente da Câmara Municipal. Esse movimento é visto como uma negociação em troca de apoio nas eleições realizadas recentemente. Além disso, o aumento salarial dos vereadores em 41% tem gerado polêmica na cidade. Comenta-se que um acordo foi feito com a gestão municipal atual para sancionar o aumento em troca da liberação de crédito pela prefeitura.
A população revoltada se movimenta nas redes sociais, e um abaixo-assinado já ultrapassa 4.000 assinaturas. A população pretende ir ao Ministério Público e já existe em curso um pedido para limitar os salários do prefeito a 10 salários mínimos e dos vereadores e secretários a 5 salários mínimos, além de uma solicitação para acabar com a imoralidade na Câmara, que chegou abrigar 300 funcionários, na proposta irão pedir a limitação de 03 assessores por vereador.
Mario Galinho, nas redes sociais, anunciou que assim que assumir irá propor a redução do salário de prefeito. No entanto, ele precisa se pronunciar com urgência sobre a situação dos seus aliados, pois da maneira que anuncia parece propaganda enganosa. Antes das eleições, Mario Galinho reuniu a imprensa para dar conhecimento da pomposa parceria com vereadores, ato que foi bastante criticado, mas a população manteve seu apoio ao prefeito eleito. Agora, seus aliados estão corroendo sua popularidade e seu silencio quanto aos atos dos parceiros tem incomodado a população.
A população de Paulo Afonso aguarda respostas e ações concretas para garantir a transparência e a justiça na administração pública. A impaciência cresce, e se as trapalhadas de sua base aliada continuarem, a popularidade do prefeito eleito estará em risco. Começar um governo com tantas dúvidas e desinformação é um mau presságio.