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Produção de feijão cresce 30% nos últimos anos

Especialistas explicam que tecnologias de irrigação e manejo correto têm sido fundamentais para esse aumento

Paulo Silva
Por: Paulo Silva
09/12/2024 às 11h45
Produção de feijão cresce 30% nos últimos anos

Feijão-de-corda, feijão fradinho, feijão vermelho, feijão carioca, todos fazem parte do prato brasileiro. Mesmo com uma redução de 39% na área plantada, a produção do grão aumentou em 30% entre os anos de 1974 e 2021, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Especialistas explicam que tecnologias de irrigação e manejo correto têm sido fundamentais para esse aumento principalmente em áreas com poucas chuvas.

Na região Nordeste do Brasil, o feijão é uma das culturas mais importantes para a economia local e a alimentação, com um clima em grande parte do território semiárido. Com secas e estiagens prolongadas, sistemas de irrigação impulsionam a produção da cultura. Warlen Pires, especialista agronômico da Netafim, explica que a irrigação por gotejamento transforma o manejo hídrico no cultivo de feijão ao entregar água diretamente às raízes da planta.

“Esse método garante que a cultura receba exatamente o que precisa para crescer forte e saudável. Com isso, é possível reduzir o consumo de água em até 50% em algumas regiões e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade do feijão em até 50%”, comenta o especialista da Netafim.

Esse sistema de irrigação no campo apresenta um retorno aos produtores com resultados visíveis já no primeiro ano, pontua o engenheiro agrônomo. "O retorno pode ser de aproximadamente 2 a 5 anos, dependendo do investimento que foi feito. Já no primeiro ano dá para perceber a melhoria da produtividade e a economia de recursos”.

Além do gotejamento, Warlen Pires comenta que outras ferramentas tecnológicas também têm potencial para transformar a produtividade do feijão. Aparelhos como sensores, drones e satélites permitem o monitoramento detalhado das lavouras, identificando problemas como pragas e doenças antes de causarem danos econômicos. "O uso dessas tecnologias facilita o manejo preventivo, além de práticas como a aplicação de agroquímicos por drones, que aumenta a eficiência, reduz desperdícios e evita o amassamento das plantas".

Para Assis Pinheiro, engenheiro agrônomo e diretor de Agricultura do Estado da Bahia, esse aumento na produtividade do feijão está associado também a um bom manejo do solo. “O bom campo para a plantação do feijão é aquele que reúne condições ideais para o crescimento saudável da cultura. Isso inclui a exposição adequada à luz solar, essencial para a fotossíntese e o desenvolvimento da planta, e um solo bem drenado, que evita o acúmulo excessivo de água, prevenindo problemas como a podridão das raízes”.

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