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Pesquisa reacende debate sobre a violência em Feira

O problema, conforme entende Lulinha, é consequência direta da violência que se alastrou

Por: Redação
06/06/2025 às 11h04
Pesquisa reacende debate sobre a violência em Feira

Uma pesquisa divulgada nos últimos dias, que coloca Feira de Santana e também Salvador entre as mais violentas cidades do país, motivou, na Câmara, um pronunciamento do vereador Lulinha da Gente (União), sobre o tema. O parlamentar classificou como “inaceitável” ver a cidade Princesa do Sertão “batendo os piores recordes na área da segurança pública”. Ele lamentou que o Município “continue sendo um dos mais violentos do Brasil”, quando a avaliação considera os que possuem mais de 100 mil habitantes.

O problema, segundo o vereador, não é só em relação a homicídios. Os dados são negativos também em quesitos como furto de celulares, roubo de carro e moto, assassinatos, dentre outros. Além disso, observou Lulinha, tem a questão do cerceamento da liberdade de ir e vir da população feirense. Quem reside em áreas urbanas e rurais, se sente impedido de ficar na frente da própria casa, temendo ser assaltado ou perder a vida, em razão de ação de criminosos.

“As pessoas estão fechando as portas entre 16h e 17h, e não se vê mais ninguém para dar sequer uma informação nestes horários, na zona rural”, afirmou, explicando que passa todos os dias por estradas dos povoados e distritos. O problema, conforme entende Lulinha, é consequência direta da violência que se alastrou, levando o medo e a intranquilidade para o campo. “Antigamente, as pessoas saíam da área urbana para viver na zona rural. Acho que Jerônimo Rodrigues, cujo grupo político está há mais de 20 anos no poder, tem que tirar Feira desta situação, pois estamos em condições piores que a capital (Salvador), Camaçari e outras cidades do interior”, criticou, referindo-se aos índices divulgados recentemente.

Oposicionista à gestão estadual, Lulinha sugeriu que, ao invés do governador “ficar andando toda hora pelas cidades do interior, deveria parar na capital e reunir sua equipe para planejar algo específico para Feira, fazer um plano, visando reduzir estes índices de violência daqui”. Frisou que os feirenses querem de volta a possibilidade de usufruir de lazer numa praça pública, “utilizar sua corrente de ouro, relógios de valor ou celulares, tranquilamente”. Mesmo tendo amigos ministros e senadores e influência política junto ao presidente da República, o governador da Bahia, conforme o vereador, não tem conseguido reduzir a violência na Bahia, que figura em primeiro lugar.

Para Ismael Bastos (PL), as áreas de segurança pública, educação e o serviço de regulação da saúde estadual, se constituem em um “calcanhar de Aquiles” da gestão do Partido dos Trabalhadores nestes 20 anos à frente do Estado da Bahia. “Pode pedir ajuda nacional, mas precisa ter é mudança de postura na segurança. Os cidadãos de bem estão aprisionados em casa e os bandidos soltos”, advertiu.

IVAMBERG

Já o Líder da Oposição na Câmara e correligionário do governador, Professor Ivamberg (PT), apontou que a problemática da violência possui complexidades que exigem a colaboração de toda a sociedade. “E é preciso fazer uma reflexão sobre o que cada um de nós, está fazendo para contribuir com a redução desta violência. O governador e o presidente da República têm feito esforços, sim, neste sentido. Mas, sabemos que o uso de drogas (fator ligado à violência),  é um dos problemas que tem assolado o mundo”, argumentou.

Para Ivamberg, em virtude disto, a questão não deve ser reduzida apenas à ação do Executivo Estadual. “Não é correto tratar do tema como se não fizéssemos parte disto. Somos parlamentares e podemos contribuir com a nossa parte. O senhor, por exemplo, tem deputados aliados, precisa também procurá-los para conversar sobre como colaborar”, sugeriu ao colega de Legislativo.

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