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Candidato a deputado que declarou patrimonio de R$ 448 milhões já foi condenado por estelionato

Ele é acusado de aplicar golpes, com a proposta de facilitar a liberação de empréstimos junto à Caixa Econômica Federal no valor de até R$ 12 mil para beneficiários do Bolsa Família

Paulo Silva
Por: Paulo Silva Fonte: Uol
13/08/2022 às 09h31 Atualizada em 13/08/2022 às 09h38
Candidato a deputado que declarou patrimonio de R$ 448 milhões já foi condenado por estelionato

 O empresário Ailson Souto da Trindade, candidato a deputado estadual pelo PP do Pará que declarou possuir patrimônio de R$ 448 milhões, foi condenado por estelionato no TJ-PA (Tribunal de Justiça do Estado do Pará). O autor da ação é o Ministério Público. Nos autos do processo, Ailson consta como réu por nunca ter sido encontrado pela Justiça. Segundo o TJ-PA, "o processo encontra-se pendente de trânsito em julgado, pois, até o momento, o paradeiro do réu era desconhecido para fins de intimação pessoal da sentença condenatória, considerando que só agora, com o registro da candidatura, é que será possível verificar o seu endereço correto".

O crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, significa "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento". A pena é de reclusão e multa. Ailson Souto é citado em processos na Comarca de Cametá, município localizado a 143 quilômetros de Belém. Ele é acusado de aplicar golpes, com a proposta de facilitar a liberação de empréstimos junto à Caixa Econômica Federal no valor de até R$ 12 mil para beneficiários do Bolsa Família (hoje Auxílio Brasil), por meio da Faccepa (Federação das Associações das Cidades e Comunidades do Estado do Pará).

Em nota enviada à reportagem, a assessoria do empresário e candidato informou que "ele não foi intimado ou notificado sobre o processo citado e que sua equipe jurídica acompanha de perto toda e qualquer situação por parte da candidatura". Os supostos golpes em Cametá teriam sido aplicados em 2018. Em 2019 algumas das vítimas procuraram o advogado Carmelino Augusto Nunes e Silva para representá-las nos processos contra a Faccepa e Ailson Souto.

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